Recôndito Excruciante

Mal o sol acabou de se por, as trevas taciturnas abrem a boca

Fétida do crepúsculo – cadáver plasmado pela torturante carnificina

Alimentando milhões de parasitas multiformes

Submergidos do encéfalo pútrido da noite, numa gula hedionda

Em minha morbidez ignota

Angustiosamente encolho-me entre larvas e sanguessugas

Sob as sombras de uma lua negra, repleta de chagas sanguinolentas

Como um animal medonho,

Um ancestral endêmico da demência

Espectro diáfano, do que não é vida, nem morte.

(Edna Frigato)

Edna Frigato
Enviado por Edna Frigato em 16/08/2015
Reeditado em 18/08/2015
Código do texto: T5348128
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