NOS DIÁRIOS NOTURNOS QUE LI
Nos diários noturnos que li
Escritos n’alma de olhos fechados
Caídos nas lágrimas
Nessas linhas tortas
Inconscientes, expostas , passeiam
Aparecem na letra da palma da mão
O nome que me faz sorrir
Mas quantas vezes eu chorei
Na prova de dor que suportei
Conheci o bem e o mal
Estavam no mesmo lugar
Foi vicio e foi redenção
Aflição e sacrifício
Abraço e separação
Foram muitas coisas, e muito.
Foram lutas, e ainda são
Perdas, pedras e solidão
Dei tudo que eu tinha
O que prestava e o que não
Mas foi deus quem te mandou pra mim
Por vezes pensei que não
Calculei o que não tinha razão
E a soma não bateu no fim
Quisera conhecer tantos sentimentos
E tanto você, e você a mim.
Dói pensar no fim
Sem a crença de existir
Ando do seu lado, e você do meu.
O olhar por instantes, abro.
Só pra ler as nossas linhas
Nos diários que escrevi
Em minha alma