Sob densas névoas ficamos em algum lugar do passado.
Ali nos perdemos diante dos ardis do feito impensado
restando-nos apenas as lembranças do amor cumplicidade,
e a canção que nos embala com o grito doído da saudade.

A solidão que hoje povoa, incautamente, nosso presente inabitado,
é uma intensa ferida aberta dilacerando nosso peito machucado.
Em algum lugar do passado ficamos, vazios e sem continuidade,
como uma história de amor na sua insustentável efemeridade.



* * Interação do amigo, Misrael:

Lembrar do passado tem os dois lados, um nos faz bem e o outro nos machuca muito. No entanto, poesia e realidade andam juntas, por vezes nos alegra e por outras nos entristece.
Suzana França
Enviado por Suzana França em 26/08/2015
Reeditado em 02/09/2015
Código do texto: T5359509
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