O Barquinho e o Mar

Em alto mar encontra-se um barquinho.

É levado a balançar de um lado para o outro

Pelas águas agitadas de fim de tarde.

O sol poente no fim do horizonte, toca o mar

E também é levado à bailar.

Vertigem, vertigem...

As ondas batem com tamanha violência

E o barquinho parece quase virar.

Às vezes, parece uma luta.

Onde apenas um sairá vitorioso,

Com o troféu nas mãos.

Às vezes, parece uma dança.

O mar com seus passos apressados,

Guiando o barquinho em um tango apaixonado.

Luta ou dança,

A sintonia é notável...

O mesmo sal que queima e arde,

É o sal que cura as feridas do barquinho.

O mar é o castigo e a salvação.

O mesmo que aprisiona é o que liberta.

De que vale um barco sem o mar?

Nas areias do abandono,

Sua estrutura imóvel, sem vida...

Seca, range e estala.

Como se fossem gritos chamando por socorro.

Navegar é preciso!

Dançar e lutar

Deixar sentir a dor e a cura

Pra sentir a vida.

Passion Sunset
Enviado por Passion Sunset em 28/08/2015
Reeditado em 28/08/2015
Código do texto: T5362721
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