Pai meu Painho

Pai muito me lembro do teu tempo,

Sempre estavas perto a nos ouvir,

Eras tão sensível e humano,

Sabia os sentimentos antes de contarmos.

Tuas orações todos os dias às seis da manhã,

E tarde e ao meio dia fazia em silêncio e reflexão.

Sempre invocavas a hora da anunciação.

Sempre mostrava que devíamos ser justos e bons.

Toda noite escutava teu violino,

Que tocavas caminhando pela casa,

O som melodioso que invadia a alma,

E o teu balbuciar de algumas canções.

Pai admirava-me a tua arte,

Teus poemas escritos com tua alma,

Tua oratória emociona muita gente,

Tivemos a graça de ter você tão simples.

Ficava a olhar como entendias os problemas,

Para você tão simples de enfrentar,

Mostrava que tudo tem solução,

E se não conseguisse resolver era só esperar.

Sabias falar varias línguas,

E a matemática era o teu forte,

Dizias para mim não ter receio,

Com uma regra de três tudo se resolvia.

De tudo o que mais importa,

Teu carinho e dedicação,

Sentimos muito a tua falta,

Dissestes irei para outra dimensão.

Teresa Cristina Monteiro
Enviado por Teresa Cristina Monteiro em 30/08/2015
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