"POEMA HILÁRIO".

Vi um bando de operário,

Quase todos estagiários,

De um curso literário,

Adentrar no santuário,

E chegar pro seu vigário,

Que segurava um rosário,

Junto ao confessionário,

Com designer de berçário,

Um ato desnecessário,

Onde muitos voluntários,

Preenchiam um formulário,

De um incrível inventário,

Que parecia um sumário,

Todo escrito em um diário,

Sem margens e sem glossário,

Feito em forma de fichário,

Com ordem de abecedário,

Em um livro coloçário,

Com séculos de aniversário,

Lá num fundo de armário,

De um quarto solitário,

De um cavaleiro templário,

Do signo de sagitário,

Um louco universitário,

Barrigudo e sedentário,

Que ganhou um corolário,

Um individuo lendário,

Criado num educandário,

Por nome São Januário,

Um mosteiro portuário,

Que era um forte emissário,

Do mundo imobiliário,

Mas um tremendo falsário,

Um sujeito temerário,

Que pra muitos não é páreo,

Embrulhão e salafrário,

Não sei se era empresário,

Mas tinha um alto salário,

Que dispensa comentários,

Que ficou milionário,

E já fez muitos de otários,

Quando chegava ao plenário,

Cantando que nem canário,

Tendo um discurso fadário,

De modo extraordinário,

Roubava todo o cenário,

Pois não é que o ordinário,

Mantinha até secretários!

E não era um só, mas vários,

Que lhe eram solidários,

Registrando em calendário,

Os atos do dignitário,

E eu que não sou templário,

E muito menos otário,

Ajustei sem ter horário,

Sozinho sem secretários,

Fiz esse poema hilário.

Cosme B Araujo.

31/08/2015.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 31/08/2015
Reeditado em 08/09/2015
Código do texto: T5365411
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