Refazendo o caminho
Eu me fiz de vento
Para tocar os teus cabelos,
Levar teu pensamento
E roçar os teus joelhos.
Eu me fiz de estrada
Caminho sem contra mão
Onde a brisa na madrugada,
Levou de vez a solidão.
Eu me fiz de inverno
Em pleno dia de verão
Escrevi no teu caderno
Um verso de uma canção.
A canção era um poema
Que falava de ternura,
Um filme, mas sem cinema,
Uma aquarela, mas sem pintura.
Eu me fiz distância
Onde a lembrança não quis ficar,
Lá a esperança era ciência
Ensinando a arte de esperar.
Então eu me fiz de sonho
E nesse sonho te lembrar
Que o que eu proponho
É viver pra te amar.