Monólogo Fúnebre

Sou apenas uma sombra fantasmagórica

Alma penada, submergida do fogo ardente do inferno

Vago na calada da noite em um espaço metafísico ignoto

No desespero endêmico dos amaldiçoados, carregados de peçonha

O odor fétido que exala da minha própria morbidez

Afasta até mesmo os seres noturnos, já desprovidos do vital líquido

Minha anatomia disforme estrangula a vaidade, os prazeres carnais

Provocando espasmos sadomasoquistas em sombras dionisíacas

Prostituídas pela universal febre necrófila da putrefação

E assim sigo... Atravessando os séculos esqueléticos obscuros

Esbarrando na vaidade incestuosa de cérebros apocalípticos, hediondos...

Carregando o insuportável peso sepulcral da minha sina.

(Edna Frigato)

Edna Frigato
Enviado por Edna Frigato em 10/09/2015
Reeditado em 15/09/2015
Código do texto: T5377084
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