Hora marcada

Na madrugada

Da minha morte

Com hora marcada:

Eis que se compõe

Ante meus olhos lúcidos,

O silêncio absurdo da noite.

Sempre fui lunática!

E essa prateada inteireza da Lua

Fala a minha alma poética

Sempre!

O silêncio

É a presença natural do espírito.

Eis que me arrepio só em pensar....

Que se sua beleza esplendorosa

Lá não estivesse

Em simbiose plena com meu instinto!

Jamais teria visto

Os olhos de meu filho!

A vida é essa composição

Cuja monstruosidade estética

Com seus cruéis contornos,

Lembram-me Shopenhauer:

A vida quer viver!

E.... Eis-me aqui!

Enquanto o coração queima

E a alma vai tecendo sua Paz!

Lúcia Soaresk

Juanita Sacks
Enviado por Juanita Sacks em 15/09/2015
Reeditado em 15/09/2015
Código do texto: T5383179
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