O Poeta Quer Falar - VII

O poeta quer falar;

Dizer seus absurdos sem pensar,

Pois já pensou muito,

Agora já não pode parar pra imaginar.

O poeta quer falar,

Das "Poucas Palavras",

Que "Pode Ser Diferente",

Em todos seus "Sonhos",

O espetáculo "Já Demorou",

De apresentar este "Inquérito".

O poeta quer falar;

De quando persistiu no "Levanta e Anda",

Pensando em "Nóiz",

Suando com a "Zica Vai Lá",

Nas noites solitárias do "Hino Vira-Lata",

Sobrevoando "O Glorioso Retorno De Quem Nunca Esteve Aqui".

O poeta quer falar,

Dos dias que pensou em "Quando Eu Morrer",

Sobrevivendo nas noites em "Quando Éramos Reis",

Em cada momento de "Que Assim Seja",

Sonhando nas batalhas e "Muito Mais",

Em seus objetivos, "Virando A Mesa",

Com as causas de nossa "Gratidão".

O poeta quer falar;

Das lutas de um "Samurai",

Com "Foco Na Missão",

Guerreando dentro das "64 Linhas",

Sempre evitando "Pra Não Dizer Que Não Falei Do Ódio",

Na força bruta de "Foco, força, e fé".

O poeta quer falar;

Que as canções são seus braços de mar,

Que as palavras oriundas fazem seu ouvido revoltar,

Que os ensaios deste homens o fazem inspirar.

O poeta quer falar.

Que a dor já se recuperou,

Mas o verdadeiro prazer estar em amar.

O poeta quer falar;

Que sem ter lua,

As ruas devemos olhar,

Que se não estiver nas ruas,

Não devemos pelas frestas espiar.

O poeta quer falar;

Que são as velhas manias,

Que nos conduzem aos velhos atos,

E que são os velhos atos,

Que nos levam a estar fora de nosso espaço.

O poeta quer falar;

Que é preciso estar pronto para aprender,

Mas para isso temos que estar aptos para escutar.

O poeta quer falar;

Que a superioridade que ele mesmo conhecia,

Ele a deixou enterrada no mar.

O poeta quer falar;

Que seus perseguidores,

Vieram de longe, e mesmo em terra desconhecida, ou em casa,

Voltaram a sofrer as suas palavras no ar.

O poeta quer falar;

Que não conduz terras,

Não induz homens,

Não supera limites,

Não arquiteta estereótipos,

Não deseja o óbvio,

Não cansa de tentar sossegar a paz contida em seu ódio,

Não espera encontrar junção de repúdio,

Não provoca ciúmes,

Tampouco deseja estar sobre a própria constatação de que elas não podem o parar.

O poeta quer falar;

Que tudo que o que foi vivido,

É tudo agora que o faz replicar,

Prometendo ao que reprime,

A nossa evolução é causa sublime.

O poeta quer falar;

Fazer compreender, entender, questionar...

Pois o poeta sabe,

Que ser poeta é não ter nada pra falar.

Mesmo assim.

O poeta quer falar.

Humberto Fonsêca

Humberto Fonseca
Enviado por Humberto Fonseca em 16/09/2015
Código do texto: T5384686
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