Meu Tédio

Tão preso ao corpo da amada,

Parece que mesmo assim, falta-me algo.

Desespero-me ao nada, no vazio,

Inspiro a canção que ponha fim

Ao meu tédio.

Porem por um instante

A canção se torna melancólica,

E sinto-me nesta aljube da própria

Ilusão que me prende.

O que falta para me completar,

Se tudo que tenho parece pouco

Pelo que preciso.

Tão preso ao corpo da amada.

Que a noite finda-se trazendo o sol,

Escurecendo meus olhos

Que as lágrimas ainda não secaram,

Os olhos cerram-se ao mundo, a tudo.

Mesmo a esta minha dor,

A está falta de algo

Tão importante que não vejo,

Apenas sinto, bem perto.

escrita em: /05/93.

Caio Gouveia
Enviado por Caio Gouveia em 23/06/2007
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