As marés
A vida é como esse vai e vem das marés,
E eu também vou também,
Venho zen,
A vida inteira para suprir a vontade do bem,
Defender os meus ideais,
Atuar nos palcos e nos tribunais,
Brilhar como o sol e estar em paz.
A vida é boa para ser vivida,
Mesmo às vezes sofrida,
Viver é o filho da vida,
Eu ainda estou aqui,
Refletindo sobre questões do passado,
Mas o passado passou,
Como o segundo anterior que virou,
Junto com o pássaro que voou.
Imenso arranha-céu,
A vida se encobre com seu véu,
Pode estar escondida em qualquer céu.
A vida se mostra como mel,
De tão doce, tão doce
Faz-me réu.
Mas ainda é dia...
E existe a sombra que é parte de mim,
E existe a sombra que é parte de mim,
Para nunca mais ter fim, ser o fim
A luz que não se finda,
Que brilha sem fim.
Antes a nua lua vermelha que não olhei,
Tão perto dos meus olhos.
Tão longe dos negócios,
Estou tão longe de mim...
Para em mim tão perto chegar de mim,
Mas pela a vida não ter fim
E ser o próprio...
Deságua no mar como um rio,
A vida sempre está no cio,
Esperando o falo vadio,
Sadio,
Sagrado rio
Que se acolhe no mar da vida.