Dentro do silêncio da solidão
vagando por descaminhos
tateando o caminho
aguardo um novo amanhecer.
Ouço o silêncio que grita
as silenciosas lembranças
e a desmedida saudade...
E nesse eloquente tormento,
espectro do padecimento,
abafo o grito agudo
dessa insossa dor.
Me desfaço, desaconteço...
e dentro de mim nada amanhece.
Lanço-me ao prólogo
e parto num voo vertiginoso,
numa caminhada errante
pelos becos da solidão
em busca do azul do horizonte
e com a certeza do vazio frustrante
da chegada.





*  Dezembro de 2014
Do meu Diário/Blog, "Rabiscando Emoções".

 
Suzana França
Enviado por Suzana França em 01/10/2015
Reeditado em 01/10/2015
Código do texto: T5400369
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