Quando compro pão
Eu sinto um sopro na nuca
Mas não vem de uma pessoa
Eu sinto cheiro de terra
Tão seca como o Saara
Sinto as folhas que piso
Tão aptas como o sino
Sinto aquele gosto do beijo
Que não passa de um mero desejo
Sinto o cheiro do milho
Junto com muito silo
Então não sinto mais nada
Somente um sono que me enfada