ALMA INSOLENTE

Quando as águas lavarem os teus olhos

quando o Sol purificar o teu olhar

quando o sal conservar a tua alma

quando o mel substituir o fel da tua língua,

Teus olhos terão o brilho do rubi

a pureza do coração dos anjos

pagarás com a própria vida o dom da vida

produzirás a doce harmonia ainda não revelada,

As virtudes são enlaçadas em linho branco

teu universo não poderá permanecer maculado

a justa redenção espera receber de ti um galardão

recíproca graça da natureza da tua existência,

Se um dia o Sol ferir o teu rosto, quebrantando-o

talvez o fogo tenha queimado o meu passado

se eu voltar, sentenciar-te-ei à culpa de não ter amado

o justo juiz tomará de volta para si: a tua luz, tua alma, o verbo.

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Pedro Matos

Pedro Simao Rocha Matos
Enviado por Pedro Simao Rocha Matos em 11/10/2015
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