Silêncios,,,

O corpo se desfaz

Na terra que dorme.

Em cujo olhar

O fragor das batalhas

Nem sente os nevoeiros

Da memória!!

Uma data, um nome,

Um momento apenas!

Em vão preparo um chá

Pra esses fantasmas!

Que perdidos na enchente luz....

Fugiram dos retratos.

Antes assim, um barco ,

Bem vagaroso!!!!!

Cuja posse se demora.

Misteriosa essa, condição

De poema não escrito.

Que da vontade de criar raízes.

Num estranho mundo.

Que de súbito trás,

Uma ideia louca.

Um gosto de nunca.

Como tênue luz.

Um gosto de sempre,

Luz que de repente....

Ó delicioso voo!

Entre as palavras.

Quando agora a sós ficamos

A soluçar através do tempo

Rimas de outrora,

De olhos, que dantes vivos

Lera restos de umas,

Páginas que deixara interrompida.

Não quero o baú dos mortos.

Tão pouco gritos nem a dança dos ossos

Pra escalar esses silêncios

E escrever alguns versos.

O papel é acolhedor.

A caneta benfazeja

Creio ter chego a tempo!

De seguir o voo desse balão.

Triste, solitário e ferido.

De belezas dentro da noite.

souzaesouza
Enviado por souzaesouza em 17/10/2015
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