Sereno seco

Amanheço todos os dias

Com suor salgado no rosto

O cansaço dividido em fatias

Qual não diminui meu desgosto.

Esse clima desandou de vez

E o sereno não umedece as folhas

O sol ferve com nitidez

Provocando na pele sinais e bolhas.

Os rios que desciam em correnteza

Perderam o nível e o embalo

Já se percebe sonegação e avareza

Até nos baldes sob o cavalo.

Deus perdoará tanto erro?

Causado pela mão do homem

Que sobre as minas jogou aterro

Culminando a sede e a fome.

Veja que o sereno seco desaba

Parecendo algo inexistente

Nem chega ao gramado e acaba

Deixando uma flora doente.

Visto que o planeta esta em reação

E toda uma natureza em revolta

Será que ainda há salvação?

E quais precisarão de escolta?

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 25/10/2015
Código do texto: T5426131
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