Sereno seco
Amanheço todos os dias
Com suor salgado no rosto
O cansaço dividido em fatias
Qual não diminui meu desgosto.
Esse clima desandou de vez
E o sereno não umedece as folhas
O sol ferve com nitidez
Provocando na pele sinais e bolhas.
Os rios que desciam em correnteza
Perderam o nível e o embalo
Já se percebe sonegação e avareza
Até nos baldes sob o cavalo.
Deus perdoará tanto erro?
Causado pela mão do homem
Que sobre as minas jogou aterro
Culminando a sede e a fome.
Veja que o sereno seco desaba
Parecendo algo inexistente
Nem chega ao gramado e acaba
Deixando uma flora doente.
Visto que o planeta esta em reação
E toda uma natureza em revolta
Será que ainda há salvação?
E quais precisarão de escolta?
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com