LIXO DA NOSSA EXISTÊNCIA
Quem mata se mostra
Em jornais, nas telas
Quem morre se esconde
Num caixote de baixo da terra
Quem bate esquece
Quem apanha de ódio padece
A paz se esconde
Num tanque de guerra
O amor como água em vapor
Cada vez mais raro
A vida que lhe dão de graça
Anda vazia sem valor
A arrogância, o poder
A vaidade das fortunas banais
A terra um dia há de comer
Seremos todos iguais
Reis e plebeus com a mesma aparência
Lixo da nossa existência
Luiz Carlos Santos