A morte do poeta

E o poeta morreu,

Depois que se viveu

Uma vida em estrofes e versos

Que pra trás ele deixou

E em epitáfio fixou;

Da vida agora os seus anversos...

O crepúsculo é o ponto final,

Sendo a aurora a esperança

De ainda encontrar afinal,

Um recomeço como singela criança...

Um último verso ele discorre,

E então morre...

(Assim como à Marat),

Segurando uma folha em rima

De um a outro livro que se arrima

Na estante da Poesia que sempre amará...

E o poeta morreu... é ínfimo corpúsculo

No imensurável Cosmo... e morre, agora...

Mas não no crepúsculo,

Porém na aurora.

Binho Laranjeira
Enviado por Binho Laranjeira em 31/10/2015
Código do texto: T5433402
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