A morte do poeta
E o poeta morreu,
Depois que se viveu
Uma vida em estrofes e versos
Que pra trás ele deixou
E em epitáfio fixou;
Da vida agora os seus anversos...
O crepúsculo é o ponto final,
Sendo a aurora a esperança
De ainda encontrar afinal,
Um recomeço como singela criança...
Um último verso ele discorre,
E então morre...
(Assim como à Marat),
Segurando uma folha em rima
De um a outro livro que se arrima
Na estante da Poesia que sempre amará...
E o poeta morreu... é ínfimo corpúsculo
No imensurável Cosmo... e morre, agora...
Mas não no crepúsculo,
Porém na aurora.