Obra de Deus
A ver o vento dançar quadrilha
Na fogueira quente do sol
Depois duma chuva contemplar as ilhas
Que se estende feito um lençol.
Essa é a regra da natureza
Que não impõe a desafio
Muda cenário de rara beleza
Até na correnteza do rio.
É obra de Deus que desata
Nessa arquitetura terrestre
Banha serras fazem cascatas
Debaixo desse azul celeste.
E o vento do redemoinho
Que fazia arruaças nas folhas
Foi se rendendo aos pouquinhos
Em cada gota de agua em bolha.
É fascinante tudo que vejo
Quanto é belo os seus detalhes
Mais emoção para o sertanejo
Que sente a seca no vale.
Porém quando uma nuvem desaba
Noto a terra beber o suco
Rancho a sorrir pelas abas
Trazendo alegria ao matuto.
A princípio de toda ação
Há um aviso premeditado
Com raios enérgicos e trovão
Tal fenômeno abençoado.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com