Pobre hábitat contemporâneo

1.

Caminhamos como bípedes no telúrico elemento,

Elevamos o olhar ao elemento celícola,

Contemporaneamente maculado, digno de lamento,

Acima dessa terra degeneradamente selvícola!

2.

Olho ao céu que é recíproco ao meu olhar;

Olha-me ele com olhos lacrimosos,

Expressando tácita desdita a chorar

E mui desejando exprimir em termos lamuriosos.

3.

Selva férrea sob céu de melânica epiderme,

Corrompido por espessa poluição pezenha!

Esta que percorre sua vastidão como pestilento verme,

E o céu implora a quem puder salvá-lo venha!

4.

Pobre ser humano contemporaneamente fútil!

Ignorando o passado vivo na reminiscência necessária,

Quando outrora eras legitimamente útil,

Não sendo imperativa essa futilidade desnecessária!

5.

Gostaria que o que é telúrico em si,

Assim como o célico que de fato é,

Volte a ser vergel elemento e nossa madre sy,

E aqueloutro azulado ebúrneo e primevo elemento da fé!

6.

Como bípedes então, caminharemos naquela a quem ofertamos o nosso respeito,

Telúrica Terra Géia Yby que nos abriga!

E haveremos de olhar ao Céu Úrano Ybaca e aspirar cheio peito,

Não necessitando do imperativo: “a Sensatez à mesura nos obriga”!

Binho Laranjeira
Enviado por Binho Laranjeira em 19/11/2015
Código do texto: T5454036
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