ANDEI SEM RUMO
Tentei fugir, sem ter para onde ir
Só queria sumir e tentar esquecer
E me apavorava a cada amanhecer
Às vezes é preciso esvaziar-se
Para poder se encher e preencher
Numa perfídia ilusão
Havia um grito silencioso
Me debruçava no papel
Minha mesa perto da janela
E eu distraída, observava o céu
Procurei por um facho de luz
Em sonhos jamais vividos
Confusa, sem entender nada
E o entusiasmo havia se arrefecido
Vaguei a mercê do tempo
Andei sem estar atento
Já não havia mais claridade
Luminosidade ou um brilho
Andei por horas sem rumo
Feito um viajante, um andarilho
Sandra Leone