ANDEI SEM RUMO

Tentei fugir, sem ter para onde ir

Só queria sumir e tentar esquecer

E me apavorava a cada amanhecer

Às vezes é preciso esvaziar-se

Para poder se encher e preencher

Numa perfídia ilusão

Havia um grito silencioso

Me debruçava no papel

Minha mesa perto da janela

E eu distraída, observava o céu

Procurei por um facho de luz

Em sonhos jamais vividos

Confusa, sem entender nada

E o entusiasmo havia se arrefecido

Vaguei a mercê do tempo

Andei sem estar atento

Já não havia mais claridade

Luminosidade ou um brilho

Andei por horas sem rumo

Feito um viajante, um andarilho

Sandra Leone

Sandra Leone
Enviado por Sandra Leone em 20/11/2015
Reeditado em 31/08/2017
Código do texto: T5455142
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