A DOR DA FOME

A fome se alastra, e pra ela não tem chão.

Atinge crianças, jovens, idosos e multidão.

Queria que isso tudo um dia tivesse fim,

Ver esse mundo louco com sonhos assim.

A guerra era chuva para chover na plantação.

A morte era semente para brotar, uma nova geração.

A doença era vento para soprar toda injustiça.

A tristeza era escola para ensinar a confiança.

A desigualdade era alegria

E com ela mataríamos a fome,

Acabaríamos com a dor crucificaríamos a miséria

A corrupção seria sol,

Para aquecer a multidão sem teto,

Para proteger os esquecidos,

Os maltratados, os deixados de lado,

Os seres humilhados, os famintos, as vítimas da fome.

E as pedras seriam novamente pão,

assim como nosso Pai um dia se fez tornar.

E habitaremos com fartura,

Realizados em união.

E a vida seria vida,

A vida teria razão,

Nosso chão se estabelece abaixo de nossos pés,

E novamente poderemos caminhar.

A dor seria vitória,

Alegria sem fim,

A fome seria justiça

E a justiça, alimento para aqueles que sentem fome.

Alexandre Ribeiro 22/dez/2005

ALEXANDRE RIBEIRO
Enviado por ALEXANDRE RIBEIRO em 30/06/2007
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