Depois da noite,
quando a primeira sombra anunciar o dia,
depois de todas as noites passadas pelos giros de lua,
reunirei as lascas dos cálices que não sobreviveram ao vinho,
serei do mosaico o rejunte e a obra estará concluída.

De uma fresta de quarto,
durante o minguante de lua,
antes  que o sol se curvasse aos mantos das árvores,
Nua, à altura dos vales,
ao pé das montanhas,
espalhei a insegurança dos portos às margens de mim,
e assim me fui, feliz,
permitindo que o meu sonho inacabado chegasse ao fim.
 
 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 16/12/2015
Reeditado em 16/12/2015
Código do texto: T5481969
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