HOMENS DE PALETÓ

Homens de Paletó, não importa a cor que seguem,

são homens que não tem dó, de tudo, e como conseguem.

Apenas pensam em si, são monossilábicos,

eu, me, não, mim. Sempre foram, e sempre serão assim.

Dominam a Sociedade, não importa a qualidade,

de sua cultura, são a nova linha dura.

São a nova Ditadura que assola o país.

Politicalha imbecil, orquestrada por ratos imbecis.

Vivem apontando o dedo, mostrando o cocô alheio,

escondem o seu, fingem ter e prezar o asseio.

Se mostram Soberanos se dizem contra os Tiranos,

mas riem entre si, são amigos insanos.

São eles que sempre fizeram os planos,

conspiraram contra a Nação,

da mesa do povo tiraram o pão.

Roubam o próprio País, que sempre se contradiz,

pois sempre são os mais votados,

sempre terão no povo seu curral, seu eleitorado.

E quando são perguntados porque tanta salada,

como criança malcriada, dizem que não sabem de nada.

Homens de paletó e gravatas coloridas,

cada cor mostra sua guarida, sua plebe corrompida.

Roubam, são ladrões, são safados.

Mas quando são perguntados, fazem do seu erro negado.

Dizem que nada sabem, que nunca fizeram,

mas quando tudo vem à tona, finalmente sorrindo se entregam.

Mas sabem que nada acontecerá, logo estarão em suas casas

a Justiça é cega e nada verá, e asas lhes dará.

Homens de paletó, do vosso futuro tenho dó,

pois sempre terão engasgado o podre gosto amargo

dentro de suas gargantas, de ter do Povo roubado.

Quando a idade chegar, e sua consciência finalmente acordar,

terão sua exata noção, ou talvez não, afinal

desde os tempos mais remotos, vilão sempre será vilão,

sempre foi essa a primordial condição.

Quando morrerem a Pátria em constrangimento,

chorará, será um profundo lamento.

Povo burro sem discernimento.

NELSON TAVARES

Nelson Tavares
Enviado por Nelson Tavares em 20/12/2015
Código do texto: T5485871
Classificação de conteúdo: seguro