Nem corpo Nem alma

Nem corpo Nem alma,

Nem força nem Sábio. Perebas

A pele que sangra é selva turva

em vertigens, derrames viscerais

ausente d'alma.

O ser vazante resta em presságio.

Em guarda

Afronta um dialeto trapinho

revestido de tal lábia retalhos.

Pairam zumbidos do desafeto

anuviando o semblante já sem fé.

Os lábios pardos definham

fina linha donde brotam sorrisos

fétidos tamanha desumanidade.

Inerte!

Na turbulenta alma melancolia impera

Próxima à histeria remedia o caos,

garroteia suas feridas

e regurgita o aparato teatral.

A dor dantes inércia arremessa

ao mármore.

Como fênix renasce!

Revigorada em suas crenças natas

Se lança pulverizando saliva ao fático.

- As projeções são meras tolices.

Tolices.

Pro amanhã que tardou.

Tardou.

Nada mais.

Tomara que seja sol

Mas se chover...

Brotaram os viveiros do Ser Tão.

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 20/12/2015
Reeditado em 20/12/2015
Código do texto: T5486060
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