Não é imersa em trevas que nulificarei as minhas sombras,
e nem caiada de cerrações que estarei ao pé das manhãs
livrando a  mim de assombros.
Que importa ao sol a procissão de sombras
fluindo de montes, pássaros e gentes,
ou à noite os curvos decodificadores
e engessadores de vultos,
quando  tudo se cala e se iguala?
Não jogo o meu canto fúnebre a cães de becos,
não toco a minha ária a aves altas;
a mesmice das coisas fornece os seus avessos,
para que empanturrá-las?
Ando. 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 30/12/2015
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