Páginas do silêncio

Vejo na parede

Um relógio engolindo as horas

Estou a te desejar

Morrendo de sede.

Persisto a contemplar

As páginas do meu silêncio

Muito embora, tenso.

Doces razões que tenho

Para te buscar.

São tantas veredas

Curvas eventuais

Nessas alamedas

Não venda meu amor

Já seria demais.

Não ouço suas pisadas

A porta não abre

Cadê minha amada

Quanta saudade

Espetando meu peito

Feito sabre.

Traga sua sensualidade

Estou perplexo de fome

Posso rasurar com minhas unhas

Sua estrutura, seu nome.

Nada por casualidade

Não julgue pelo meu jeito bruto

Seria só um desejo

E por ele eu luto.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 15/01/2016
Código do texto: T5511576
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