Páginas do silêncio
Vejo na parede
Um relógio engolindo as horas
Estou a te desejar
Morrendo de sede.
Persisto a contemplar
As páginas do meu silêncio
Muito embora, tenso.
Doces razões que tenho
Para te buscar.
São tantas veredas
Curvas eventuais
Nessas alamedas
Não venda meu amor
Já seria demais.
Não ouço suas pisadas
A porta não abre
Cadê minha amada
Quanta saudade
Espetando meu peito
Feito sabre.
Traga sua sensualidade
Estou perplexo de fome
Posso rasurar com minhas unhas
Sua estrutura, seu nome.
Nada por casualidade
Não julgue pelo meu jeito bruto
Seria só um desejo
E por ele eu luto.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com