Escravidão
"...Minha companheira inseparável .
noites mal dormida .
O tempo que não passa não se evapora ,
que tantas vezes orvalhei de prantos me
coloquei no lugar dos nossos irmãos
Que forram escravizados no
nosso BRASIL colonia
Mergulhei os meus olhos no abismo ver
o sol rompendo o além
que me diz a sombra dos crimes
ouvi os gritos os sons dos
ferros dos cativos gritos de dor e aflição
na úmida senzala .
Entoa o escravo Tião o seu canto
minha terra esta tão longe ,
terras imensas ....que quero descansar como
um olhar materno .
clamando por liberdade.
Rogando por pão como a eternidade
Não tenho palavras para narrar
escrever em versos ,tudo e perverso
ai da senzala dos mausoléus
E de um escravo humilde sepultura
deixa dormir na solidão .
gemer a tarde ,no coração
quando a noite ,o silêncio habita as matas.
Sangra maldito escravo nas
mãos do seu algoz nos ombros da solidão
E as ventanias errantes
Tudo e deserto...desprezado na agonia da
noite sombria de trevas e horror
Estranhas melodias cantando e
ouço o cantar do firmamento.
Um raio de esperança que ironia !
Tudo que o prende na cadeia sombria
A nova geração rompe da terra de longe se -ver o futuro
No longe do tempo a semente dorme
homens ,bravos -simples .
Nem são livres para ...morrer
Senhor DEUS abre as portas dos palmares
Sem miséria nem peste
Tião catava uma cantiga ,compassada.
DEUS -DEUS porque não responde ?
Longas horas a meditar sombrio
Sentiu se um raio de esperança a soluçar !desse que canta
Escutando a ventania ão calor do sol .
A fogueira ão luar .
O dia passa em sua alma
nos dias de provação! gritos inocentes
Ave escuta seu peito entregue no raio no trovão.
já se ver a terra do porvir.!
AUTORA ESTER MORAIS >
1990--14--05--