Pode fingir
Pode fingir que me odeia
Deveis se iludir com o tempo
Abra o próprio zíper das veias
Vai perceber que estou lá dentro.
Silenciosamente ganhando forças
Mudando a maneira de me ver
E a conquistar a bela moça
Dando provas de algum prazer.
Pois não quero forçar-lhe a nada
Deixo que os anjos batalhem por mim
Igual saudade nas madrugadas
Que parece nunca ter fim.
Desloca-se lá dos hemisférios
E agasalha no peito da gente
E causa um desconforto tão sério
Queimando os cílios e a mente.
Não adianta dizer por aí
Que sou apenas um amigo
Se já ganhei alguns espaços em ti
E guarda como segredo contigo.
Sente vontade de me abraçar
Mas desperta a dúvida do medo
Quer um alguém para contar
Porém acha que ainda é cedo.
Enquanto isso rola na cama
Feito um carretel de linha
E faz dessa vontade o seu drama
Mas na hora exata, vai ser minha.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com