Pode fingir

Pode fingir que me odeia

Deveis se iludir com o tempo

Abra o próprio zíper das veias

Vai perceber que estou lá dentro.

Silenciosamente ganhando forças

Mudando a maneira de me ver

E a conquistar a bela moça

Dando provas de algum prazer.

Pois não quero forçar-lhe a nada

Deixo que os anjos batalhem por mim

Igual saudade nas madrugadas

Que parece nunca ter fim.

Desloca-se lá dos hemisférios

E agasalha no peito da gente

E causa um desconforto tão sério

Queimando os cílios e a mente.

Não adianta dizer por aí

Que sou apenas um amigo

Se já ganhei alguns espaços em ti

E guarda como segredo contigo.

Sente vontade de me abraçar

Mas desperta a dúvida do medo

Quer um alguém para contar

Porém acha que ainda é cedo.

Enquanto isso rola na cama

Feito um carretel de linha

E faz dessa vontade o seu drama

Mas na hora exata, vai ser minha.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 22/01/2016
Código do texto: T5519039
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