PEGUEI NA CANETA!

Fui pegando na caneta

Pró teu corpo desenhar

Lancei as cores na paleta

E descobri que o poeta

Tinha nascido pr`amar!

Deslizei nas entre-linhas

Como se no corpo teu

Quando nesses olhos tinhas

O brilho das avezinhas

Voando no azul do céu!

Ganhei amor ao papel

E a caneta se enleara

Pareciam provar o mel

Um ao outro ser fiel

Tal uma joia assim rara!

Fizeram-se ambos amantes

Pra viverem sempre unidos

E se algum dia, distantes

Resta-lhes assim confiantes

Não perderem os sentidos!

Os dois, somente um agora

“Namoram-se” em alva luz

Ela nele às vezes chora

E ele dela devora

As penas da sua cruz!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 31/01/2016
Código do texto: T5528751
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