As ruas e os erros

Nas ruas,

nas cidades.

Por hora,

sem ter tempo,

os acontecimentos

mudam de forma.

Sobre abstrações sentimentais,

os corpos trocam de pele

e na empiria constipada,

queimam com o sol

em casas diferentes,

moram nos murmúrios dolorosos

em que se fábrica a carne,

onde se envelhece o espírito,

formativas auto reflexões

apropriadas a individual assombração.

Tudo feito proclamação

de juventude podre.

Já que no final,

não existe reconhecimento,

não tem mais nada.

Sem categorias,

sem motivos.

Uma incessante corrida fúnebre,

no Jogo de erros convergentes.

Não existe mais ninguém,

não existe mais aqui.

São apenas manhãs

e madrugadas

de vidas e sobrevidas.

João PS
Enviado por João PS em 01/02/2016
Reeditado em 23/04/2016
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