Era sonho
Surgia daquela colina
Uma suave brisa tão fina
Que tocava meu olhar.
Batia de leve na face
Nada que me odiasse
Pois espalmava devagar.
Parecia ser passageira
Que nascesse nas cordilheiras
Quando traz pra mim seu perfume.
Mas insistiu soprando meus poros
Sem causar ecos sonoros
Para que não pudesse aborrecer.
Mergulhava sob o cabelo
Seguindo a linha no novelo
Quando parei pra imaginar.
Seria brisa de improviso
Querendo me dar um aviso
Talvez que estivesse perdido.
Meditei com os olhos fechados
Ao abrir estava cercado
Pela divisa do horizonte.
Em cima o céu bem nublado
Em baixo um solo gelado
Nele um tapete verde em flor.
E alguém que esperava por mim
Era sonho e teve fim
E não abracei o meu amor.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com