Censurado

Quando ouço um galo cantar

Lembro-me daquele tempo glorioso

Que a gente batia papo frente ao lar

Num clima de paz tão gostoso.

Não tinha receio de nada

Das lendas que dizia o avô

De lobisomem das mãos peladas

Desconhecia o medo e pavor.

E aquele terreiro de chão batido

Tinha a mesma cor das encostas do morro

Um céu estrelado e colorido

E amor que blindava o nosso forro.

A água saborosa do pote

Retirada da pequena cacimba

O maior luar como holofote

Uma doce saudade bem vinda.

As noites não eram quentes

O sereno úmido e gelado

Podia até cochilar de repente

Mas tudo isso foi censurado.

O povo dormia de porta aberta

Os cães não davam um latido

Parecia uma casa deserta

Nada agredia os ouvidos.

Mas tudo ficou na história

Conforme a escrita que relata

Tempo valioso de glória

Época de ouro e de prata.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 03/02/2016
Código do texto: T5532846
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