Regresso

A última frase na lousa

Deixara um tom de despedida

Terminava o ano letivo

Um dispersar na saída.

Aqueles alaridos dos alunos

Que havia no ano passado

Mora esse silêncio oportuno

Até ser de novo empossado.

Aquelas sobras de giz pelos cantos

E pichações nas carteiras

Algo triste que causa espanto

Dos vândalos em brincadeiras.

O apagador na gaveta

Com a boca cheia de pó

Uma régua uma caneta

Que foram deixados tão só.

Havia um cheiro de solidão

Naquele ambiente fechado

Uma leve poeira no chão

Fenômenos que vivem acordados.

Mas daqui a pouco é só alegria

Dos anônimos intelectuais

Um saber invisível em fatias

Preparando sonhos e ideais.

Numa escolha muito recíproca

De quem ensina também aprende

Não há limite nessa alíquota

Qualquer ser humano se rende.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 05/02/2016
Código do texto: T5534095
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