MENINO DA CHUVA

Cai pesada e grossa a gota,

mensageira fria do temporal que se aproxima.

Passa o menino de roupa rota,

busca a choupana que o morro encima.

Olhar sentido, sofrido da vida,

insensível à torrente que queda,

abrindo no peito antiga ferida,

um vento que, cortando, gela.

No cume do morro o rugir

do vento é a voz do Soberano

entrando na choupana, vendo o desabrigo.

Da chuva e das lágrimas vê surgir

a luz da salvação, final do desengano,

resplendente dizendo: Venha comigo.

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 26/02/2016
Código do texto: T5555712
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