Moço da roça

Mãos castigadas pelos calos

Na memória pouco estudo

Seu veículo um lindo cavalo

Responsável à frente de tudo.

No pé um par de botinas desbotadas

Pela lida do dia a dia

Dono de novilhas puras e vacinada

Um violão e fantasias.

Uma conta poupança crescendo

Herança do seu avô

Preferiu a roça mesmo sofrendo

Do que estudar pra ser doutor.

Conteve ser mais caseiro

Do que boêmio da vida

Moço bom caboclo ligeiro

Criado com carne cozida.

Levanta cedo e vai ao fogão

Prepara seu café torrado

No peito mora uma grande paixão

Que vive lá no povoado.

Ele não sabe o que é sentença

Pois seu pai lhe fez correto

Só se abala com uma presença

Desse amor que guarda discreto.

Até já compôs uma música pra ela

Sua gata borralheira

Pense numa linda donzela

Que causa insônia à noite inteira.

Essa moça é sua prima

Que parte da família não sabe

Seu namoro vai dando rima

Mas tem medo que um dia se acabe.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 09/03/2016
Código do texto: T5568796
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.