SUBLIMAÇÃO

Despedidas de beijos distantes,

das palmas das mãos soprados,

refreando ígneos sentimentos,

de desejos e regras oscilantes.

Por que agora, opresso, calado,

consentes empedernido e tenso,

na torrente do mal que queda,

este opróbrio injusto e errante

alvejando a tua alma singela?

Discursa no povoado e no deserto,

Clama aos outeiros e mais aonde,

na altura do céu, longe ou perto,

em terras de reis ou de visconde,

seja ouvido o soar do teu clarim.

Extirpa os males desse vitupério,

ainda que teu sangue carmesim

seja a redenção desse mistério.

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 15/03/2016
Reeditado em 11/02/2020
Código do texto: T5574714
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