Fogão de lenha

Ah! O velho fogão de lenha

O fogo estalando o graveto

Panela "empretejada" e prenha

Exalando seu tempero secreto

Só saudade, razão quem o tenha!

Na fornada os biscoitos de goma

Dona Celina. Quem duvidar, que venha

Provar, do pão de queijo, puro aroma

Velho fogão, assim, faz sua resenha

Envolta os causos e mexericos soma

Ao café no bule, que na alma embrenha

Só tu podes e guarda em seu fogo lento

O poetar que os meus versos, ordenha

Lembranças de um tempo de contento

És tu ó velho e bravo fogão de lenha!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

22/03/2016, 15'15" – Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados

Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 22/03/2016
Reeditado em 02/11/2019
Código do texto: T5581740
Classificação de conteúdo: seguro