POESIA RABISCADA

Dentro de um casebre tosco, pela janela de vidro fosco,

mudos, colamos o rosto e bebemos de um vinho mosto.

Ali, sem ninguém conosco, nosso amor à prova posto,

airoso venceu o enrosco armado de vingativo embosco.

Saímos de mãos dadas, deixamos a porta escancarada

para quem quiser entrar e fausto de amor, beber e jurar.

Se encontrares esse casebre tosco, não lhe vire o rosto.

Entre como quem não quer nada, tire a poeira da estrada.

Detrás da porta aberta, acharás essa poesia rabiscada.

Aproveite o momento vago, deixa também o teu recado...

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 24/03/2016
Reeditado em 14/08/2019
Código do texto: T5583555
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