ANGÚSTIA
Se ao menos soubesse o Fado,
que trago da alma desgarrado.
Essa dor desesperada, fugaz e faceira
que me atormenta, que faz minh´alma prisioneira.
Talvez se a pudesse descrever, visto que é pranto,
pois é Grito de Agonia, Sinfonia do Desengano.
Dor desesperada, do Sofrimento o seu Canto,
Gritos de desespero de um Insano.
Murmúrios... coisas vis nos meus ouvidos
Tenaz Angústia. Gritos, de desespero Mundano,
pensamentos de um Louco sem sentido.
Sou o oposto dos meus sonhos. Sonhos de um pobre inocente.
De menino, pobre criança. Que sonhava e fazia planos.
Mas o Mal já tecia sua teia, de aço cortante, Indecente.
Angústia, Maldita Angustia...
NELSON TAVARES