O cheiro de um domingo
Eu pensava
sobre ela, outras coisas
e sobre formas,
que me torciam
a retina.
Sobretudo...
era tudo distância.
Definitivamente
mundos distintos.
Enquanto eu,
estava no banco de trás
do carro.
Ela, estava nas profundezas
do inferno.
entre nós,
o abraço do mundo
não passava
de estofado e lataria.
Baseado em um
dia fresco,
com cheiro e vento
de asfalto quente,
estávamos atolados
em suposições inócuas,
tão vivos quanto
o sol sangrento de domingo.
Apesar, de não acontecer
absolutamente nada
entre os universos
e condimentos daquela
tarde ácida.