O cheiro de um domingo

Eu pensava

sobre ela, outras coisas

e sobre formas,

que me torciam

a retina.

Sobretudo...

era tudo distância.

Definitivamente

mundos distintos.

Enquanto eu,

estava no banco de trás

do carro.

Ela, estava nas profundezas

do inferno.

entre nós,

o abraço do mundo

não passava

de estofado e lataria.

Baseado em um

dia fresco,

com cheiro e vento

de asfalto quente,

estávamos atolados

em suposições inócuas,

tão vivos quanto

o sol sangrento de domingo.

Apesar, de não acontecer

absolutamente nada

entre os universos

e condimentos daquela

tarde ácida.

João PS
Enviado por João PS em 08/04/2016
Reeditado em 24/05/2016
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