De casa
Ei, vem cá, me fazer um café,
vem passar minhas blusas, camisas,
vê se empina a bunda e alisa
o cabelo e me faz cafuné.
De cuidados, presentes, divisas,
elogios, cartões não precisa –
vai na fé. Dou-lhe tudo o que quer;
chego em casa, se atira a meus pés.
Mas ainda reclama, às vezes
é loucura e rancor descabido,
vai entender... Eu só rio e acho graça,
Se irrita com tudo, meu marido.
Por sua cabecinha, o que passa?
Coisas “de homem”, sei lá, pequenezes...