De casa

Ei, vem cá, me fazer um café,

vem passar minhas blusas, camisas,

vê se empina a bunda e alisa

o cabelo e me faz cafuné.

De cuidados, presentes, divisas,

elogios, cartões não precisa –

vai na fé. Dou-lhe tudo o que quer;

chego em casa, se atira a meus pés.

Mas ainda reclama, às vezes

é loucura e rancor descabido,

vai entender... Eu só rio e acho graça,

Se irrita com tudo, meu marido.

Por sua cabecinha, o que passa?

Coisas “de homem”, sei lá, pequenezes...

Cirilo
Enviado por Cirilo em 20/04/2016
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