Madrugada

Não abdico da madrugada

Da solitude no silêncio

Ou do barulho da solidão

Não abdico da estrada

Mergulho em meu íntimo

Contemplo a poesia

Reluzente pérola de mim

Fruto da areia das intempéries

A paz desafio galgado no dia

O amor abafado pelos passos

A dor desfilando seu compasso

Florescem na madrugada

O crepúsculo se anuncia

O orvalho camufla minhas lágrimas

O primeiro raio de sol acende meu sorriso

A vida não pára após a madrugada

Texto de 12/03/16