PARÁFRASE DE BANDEIRA E DRUMMOND
Vivi muito tempo às margens do rio de Pasárgada
Lá Manuel Bandeira era amigo do rei
Mulheres não eram escravas
E de tristezas eu não sei.
Manuel Bandeira passeava descalço
Nas casas entre bananeiras de Drummond
- E fazia poemas como se faz coisa qualquer.
Vou-me embora de Pasárgada
Lá sou amiga do amigo do rei
Mas ser amiga do amigo já não me basta
Quero é o posto de rei
Vou-me embora de Pasárgada.
De lá já me enjoei.
Fumar cachimbo na estrada
Com Irene eu irei
Sem pedir licença
Pois ainda sou amiga do amigo do rei.