ASSADO

O que vale uma vida inteira

Quando o trem sai dos trilhos

Quando paramos na estrada para sepultar os mortos

Curar os feridos e adotar os maltrapilhos?

O que vale uma vida inteira

Quanto nosso olhar para o infinito

Nos faz ficar cegos na fulguração do sol

Contar estrelas e ser feliz se torna um delito?

O que vale uma vida inteira

Se não somos mais nós mesmos, mas os outros

E tudo em volta é dor, decepção, tristeza

Nada nem ninguém nos trará conforto?

Do que vale esta vida de sacrifícios

Se fizemos tudo o inverso, o errado

Se procuramos ser bons, fomos maus

Porque não era bem assim, era assado!

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 03/05/2016
Reeditado em 07/05/2016
Código do texto: T5623536
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