O CONTRADITÓRIO OBLÍQUO

Ai de mim! Se nascer sem ser o despertar

Quantas voltas ate tornar aurora

Retorna os augúrios! Voa pelo vasto céu

A alma sem relógios com os universos.

Ai de mim! Voltar onde morri ao ser outro

As vontades alardes! O receio do medo

Os esconderijos que finjo

Ao me ver sem entrever.

Pensar que ser o rei sem roupas é escutar fantasmas

Escrever em outro muro, alimentar as ervas do porão.

Enquanto há tempos, desertos na imaginação.

Voltam esse personagem em volta de minha cama.

Reinar sem governo, desposar as imagens do pensamento.

Dessas terras incógnitas, em que o sol fala a viagem.

Ralhando o raiar das involuntárias passagens

Ao mundo desconhecido da razão de outrora.

De. Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá O Poeta das Almas

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 16/05/2016
Reeditado em 06/06/2016
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