O céu e a árvore do mês de maio

Maio, feito o marco de um dia dissimulado qualquer.

Friccionado entre flores e desamores

de uma tarde que já não era dia.

O sol descia, o mundo girava e os filhos dos filhos caiam desolados, portando entre si os olhos que deslumbravam

as cores tristes e a árvore fixa.

No tempo uns partindo, outros sadios e sedentos

desmedidos, cortavam e faziam coisas que amarravam no pescoço,

Sendo ameaçados, ameaçavam ser os seres de dentro.

Tudo mesmo, em pouco tempo...

Sentavam e torciam as bocas na desocupação do cérebro.

Já sentados, despiam-se fazendo de tudo para sorrir.

Assim parados, observavam o roxo e o cinza acima das pálpebras, esperando vagarosamente a tarde ir.

E por fim, desapaixonados, assistiam o último pedaço azul de céu

naturalmente cair em terra.

João PS
Enviado por João PS em 23/05/2016
Reeditado em 24/05/2016
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