Céu do Vale do Sol
É, se algum desses dias tu me vires.
Misturado com olhar pacato me revires.
Sim, se assim eu, tu sentires dor me seja o calor da alma.
Se acalma, a vida se espalma, eu vivo e tu vives.
Sou sempre esse que vive.
Mesmo ego, quando tu te exibes.
Não, por que comungar tal hipocrisia?
A fala vadia não oculta da alma sua filosofia
- Sabia? Sou a raspa do angu, ó fia!
Ele me (tu) vigia enquanto você (eu) dormia.
Mania, de esquentar a vida enquanto vivia – de noite e de dia.
Regalia aos Deuses, a Deusa sorria.
Pronto, quase tonto de si.
Você quer agir?
Risos para você, eles querem te fazer dormir.
Mas toca um violão espanhol, tenho de ir.
Sim, ele me tocou e fez sentir.
Híbrido ser a ir e vir.
Mascarado, nas ruelas da cara dele.
Maria daí ao abençoado suor dourado na pele,
A boca apaixonada, contra o mal te sele.
Deus é capaz, não se cancele.
Diga de lá – aconselhe, diga pra ele.
Revelado ser dele.
Um som apita, a vida grita:
“Prendi meus afetos, formosa pepita...”.
Deveras ser poesia de malandro, que no copo agita.
O corpo se excita, suscita.
Tal mente exercita; a Divindade não limita.
O espetáculo a vida imita.
Hoje li, filosofia de Edson.
Certo ou não honestidade no tom
A vida é som, sente que bom.
Ainda há vida em todos os seres, até no Ramon.
Verde pasto, Sagrada Vaca, MON!
No inicio – OM!