Madeira Viva!

É certo que meu violão sem cordas é uma nobre testemunha que me consola!

Ele me olha e eu rascunhando versos que vem dá cachola!

Ele me joga com os meus escritos na lata do lixo e depois na caçamba cheia de entulhos!

Eu carregado de tristeza junto com os meus embrulhos!

Eu e as minhas noites perdidas!

Eu e os meus sonhos e prantos deixados no meio da rua!

É!

Meu violão ficou alegre!

Ele é um ser sem alma e sem coração!

É um pedaço de madeira morta tentando encontrar algo ou alguém!

Mas fui eu quem deixei ele de lado!

Eu sei que sempre fui e contínuo sendo amplidão e razão!

Aiaiaiaiai meu querido e estremecido violão!

Como posso ter deixado você longe do meu peito!

Mas não faço mais isso não meu aliado partidário e amigo verdadeiro!

Hoje é domingo e vai ser o nosso passeio no Devaneio Night Clube!

Eu juro!

Quero você no meu colo colado dentro e fora do meu peito meu sujeito de jeito!

Minha herança Negra e indígena de trejeitos!

Somos nativos e mestiços no desejo de um pleito que nos traga um leito macio no conforto e no aconchego!.

Paulo Poba
Enviado por Paulo Poba em 05/06/2016
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